segunda-feira, 15 de junho de 2009
A primeira vez a gente nunca esquece
Tá aqui, ó:
FAÇA O DOWNLOAD, AGORA!
Devidamente disponibilizado o primeiro registro da banda.
É o registro de um ensaio realizado nas confortáveis instalações do Studio Cidade. Foi tudo gravado durante a tarde do dia 23 de maio deste ano. Mesmo dia em que, à noite, fizemos um show no Pub Fiction.
Por isso mesmo, peço que relevem o fato da voz não estar 100%. Havia, então, uma preocupação de minha parte em poupá-la pro show da noite.
Bom... a qualidade da gravação é suficiente ao menos para sacar qual é a da banda, pelo menos, na minha opinião.
No arquivo compactado constam as letras e músicas das canções:
- Posso penetrar? / Raiva e pó
- Espadas de madeira, escudos de papel
- Na trincheira dos dias
- Me libertar
- 10.000 nós
- 1952
- Adeus, Trotski
- Tudo para estar ao lado da Hebe
Bom... espero mesmo que gostem. Boa audição e um grande abraço.
Até mais!
Renatão, guitarra e voz.
domingo, 7 de junho de 2009
Cactus Cola e espetinho de Iguana
Me deu uma vontade louca de chutar a porta deles e entrar mandando bala com meu 38 cano ventilado, direto na cabeça deles! Mas, aí, eu num ia poder bater na porta da Lúcia. Abri o frigobar, não tinha muita coisa, uma garrafa d'água pela metade e quatro cervejas. Abri uma, o calor tava me derretendo as bolas. Ah, a Lúcia. Tomei de uma virada só, pra ver se criava coragem. Chutei a parede para ver se o barulho parava um pouco. Que merda, o casal ainda tava discutindo, agora era por causa da garçonete peituda do bar.
Alguém bateu à minha porta. Porra! Agora, esse idiota vinha me encher o saco, só me faltava essa. Lembrei do dia que tive que sair pela janela do quarto de hotel, pulando. É, a negociação não tinha sido muito boa, aquele negro de chapéu de abas caídas num curtiu os diamante que eu tinha levado. Também, eu num tinha a mínima idéia de onde o China tinha roubado. Acharam o China dois dias depois, enterrado no deserto. Odeio deserto!
Por precaução, peguei minha espingarda Lupara. Tinha lido, num livro de nem sei quem, que os gangsters italianos usavam essa arma nos extermínios. Diziam que só com o estrondo do tiro já amedrontava . Bons tiros, muito barulho. Engatei a bala no cano. Era tudo ou nada. Fui abrindo a porta, só o vão pra passar o cano. Maldita! A Lúcia, no corredor, enrolada numa toalha encardida, meia dúzia de cervejas na mão e pedindo pra eu sair da frente. É a ultima coisa que lembro. Só sei que estou no deserto agora, enterrado até o pescoço, vendo a Lúcia sorrindo da janela do Buik, me mostrando meu saco de diamantes. E sorrindo. Sabia que aquele hotel num valia nada mesmo. Se eu sair dessa, nunca mais fico lá!
- Texto do homem das quatro cordas da banda, Gótico Teixeira, publicado originalmente me seu blog: Idéias, pensamentos e um monte de bobagens, o qual temos um link aqui do lado direito.
No mais, é isso, galera. Na semana que vem, prometo que disponibilizo umas músicas que gravamos de um ensaio nosso lá no Studio Cidade, do Flávio Schiavone.
Grande abraço!
Renatão, guitarra e voz.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Prof. Astromar & Os Criadores de Lobisomem no Orkut
Perfil
Comunidade
Senta que lá vem a história...
Já que postei o vídeo de 1952 dois posts abaixo e não tinha nada mais interessante pra falar aqui, resolvi que tratarei um tanto sobre como essa canção surgiu. “Mesmo que ninguém escute, mesmo que ninguém ouça, mesmo que ninguém acredite do que sai da minha boca”, como versariam os Titãs em A verdadeira Mary Poppins, num dos discos mais bacanas da carreira da banda: o Titanomaquia, de 93.
***
Bom... 1952 data da época em que eu tocava no Mata, bebê! Mata!!! Juntamente com Paulo Sérgio Agostinho e Gustavo Bordin (ambos do Brian Oblivion & Seus Raios Catódicos), ou seja, mais ou menos, 2003, 2004. Por aí...
Na época, eu cursava Letras, na UEM, à noite. E eu sempre levava comigo, dentro da bolsa, uma agenda na qual eu escrevia milhares de coisas referentes a qualquer bobagem que viesse à cabeça: repertório da banda, músicas a serem tiradas, rascunhava idéias de letras. Quando a banda ainda não tinha nome, listei dezenas de possíveis nomes nessa agenda. Acho até que, possivelmente, ela ainda esteja perdida por aqui, em algum lugar do meu quarto.
Mas, enfim... escrevi, durante a aula, a letra inteira da música na agenda. Depois, quando cheguei em casa, encaixei-a numa base de três acordes, simples, típica de rock ‘n’ roll.
Confesso que esse processo de escrever durante as aulas se repetiu por diversas ocasiões enquanto fiz parte do time de acadêmicos do curso de Letras da UEM. Muita coisa do que fiz na época, começou a ser colocada no papel dentro da sala de aula. Pra ser sincero, acho um momento bastante propício para escrever, isto é, quando a aula está maçante ou algo assim. Quando o conteúdo está desinteressante etc. Perdoem-me os alunos de Letras, mas, para mim, 80% do curso não fazia muito sentido naquela época. Por isso que eu mais empurrei com a barriga essa faculdade do que qualquer outra coisa.
Bom... voltando ao que (des-) interessa... me lembro que os caras curtiram a música logo de cara, quando mostrei-a pela primeira vez, num ensaio do Mata, bebê! Mata!!! Não é uma música complicada. Pelo contrário, é bastante simples de ser tocada. Então, não demorou muito pra ser ensaiada e executada de maneira satisfatória.
Me recordo que, quando nos apresentávamos ao vivo, ela vinha sempre como sendo a segunda música do set, pois era difícil cantá-la (na época, mais do que hoje). Abríamos sempre com um cover – era sempre Susie Q ou You really got me – e, depois, já emendávamos 1952. Por dois motivos: primeiramente, por que ela tem uma levada bacana pra início de show. É rápida e anima a galera. Segundo, por que exigia uma extensão vocal que, na época, eu tinha dificuldades de atingir (principalmente, a parte em que grito perguntando: “amo demais ou, então sou incapaz de amar?”), então, ela tinha que vir no começo do show, quando eu ainda estava com bastante fôlego. Quando a tocamos hoje, com o Prof. Astromar, já consigo cantá-la mais tranquilamente. Acho que me acostumei.
E já que cheguei onde queria, isto é, no momento presente, momento de Prof. Astromar & Os Criadores de Lobisomem, digo que 1952 foi a primeira música que ensaiamos (e Andye – o Iore – é prova disso, ele estava lá). Como já disse aqui, é uma música simples e que, geralmente, agrada. Por isso, e também por que gosto bastante da música, foi a primeira coisa que mostrei ao Gótico quando tivemos a idéia de montar a banda. Quando chegamos pra ensaiar com o Walace, logo de cara, mandamos ela. O resultado foi bacana. Ele gostou e mudamos pouca coisa do jeito que ela era tocada na época do Mata, bebê... Umas duas partezinhas do meio da música ficaram com uma dinâmica um pouco diferente (antes, ela era diretona, tocada num pique só) e coloquei uma guitarrinha no estilo Johnny Be Good, no início.
Bom... acho que é isso. Quando não tiver nada pra postar, vamos enchendo lingüiça. Pelo menos, até eu editar um ensaio que gravamos na semana passada e começar a disponibilizar algumas músicas na internet.
Por enquanto, é isso...
Grande abraço!
Renatão, guitarra e voz