Já que postei o vídeo de 1952 dois posts abaixo e não tinha nada mais interessante pra falar aqui, resolvi que tratarei um tanto sobre como essa canção surgiu. “Mesmo que ninguém escute, mesmo que ninguém ouça, mesmo que ninguém acredite do que sai da minha boca”, como versariam os Titãs em A verdadeira Mary Poppins, num dos discos mais bacanas da carreira da banda: o Titanomaquia, de 93.
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Bom... 1952 data da época em que eu tocava no Mata, bebê! Mata!!! Juntamente com Paulo Sérgio Agostinho e Gustavo Bordin (ambos do Brian Oblivion & Seus Raios Catódicos), ou seja, mais ou menos, 2003, 2004. Por aí...
Na época, eu cursava Letras, na UEM, à noite. E eu sempre levava comigo, dentro da bolsa, uma agenda na qual eu escrevia milhares de coisas referentes a qualquer bobagem que viesse à cabeça: repertório da banda, músicas a serem tiradas, rascunhava idéias de letras. Quando a banda ainda não tinha nome, listei dezenas de possíveis nomes nessa agenda. Acho até que, possivelmente, ela ainda esteja perdida por aqui, em algum lugar do meu quarto.
Mas, enfim... escrevi, durante a aula, a letra inteira da música na agenda. Depois, quando cheguei em casa, encaixei-a numa base de três acordes, simples, típica de rock ‘n’ roll.
Confesso que esse processo de escrever durante as aulas se repetiu por diversas ocasiões enquanto fiz parte do time de acadêmicos do curso de Letras da UEM. Muita coisa do que fiz na época, começou a ser colocada no papel dentro da sala de aula. Pra ser sincero, acho um momento bastante propício para escrever, isto é, quando a aula está maçante ou algo assim. Quando o conteúdo está desinteressante etc. Perdoem-me os alunos de Letras, mas, para mim, 80% do curso não fazia muito sentido naquela época. Por isso que eu mais empurrei com a barriga essa faculdade do que qualquer outra coisa.
Bom... voltando ao que (des-) interessa... me lembro que os caras curtiram a música logo de cara, quando mostrei-a pela primeira vez, num ensaio do Mata, bebê! Mata!!! Não é uma música complicada. Pelo contrário, é bastante simples de ser tocada. Então, não demorou muito pra ser ensaiada e executada de maneira satisfatória.
Me recordo que, quando nos apresentávamos ao vivo, ela vinha sempre como sendo a segunda música do set, pois era difícil cantá-la (na época, mais do que hoje). Abríamos sempre com um cover – era sempre Susie Q ou You really got me – e, depois, já emendávamos 1952. Por dois motivos: primeiramente, por que ela tem uma levada bacana pra início de show. É rápida e anima a galera. Segundo, por que exigia uma extensão vocal que, na época, eu tinha dificuldades de atingir (principalmente, a parte em que grito perguntando: “amo demais ou, então sou incapaz de amar?”), então, ela tinha que vir no começo do show, quando eu ainda estava com bastante fôlego. Quando a tocamos hoje, com o Prof. Astromar, já consigo cantá-la mais tranquilamente. Acho que me acostumei.
E já que cheguei onde queria, isto é, no momento presente, momento de Prof. Astromar & Os Criadores de Lobisomem, digo que 1952 foi a primeira música que ensaiamos (e Andye – o Iore – é prova disso, ele estava lá). Como já disse aqui, é uma música simples e que, geralmente, agrada. Por isso, e também por que gosto bastante da música, foi a primeira coisa que mostrei ao Gótico quando tivemos a idéia de montar a banda. Quando chegamos pra ensaiar com o Walace, logo de cara, mandamos ela. O resultado foi bacana. Ele gostou e mudamos pouca coisa do jeito que ela era tocada na época do Mata, bebê... Umas duas partezinhas do meio da música ficaram com uma dinâmica um pouco diferente (antes, ela era diretona, tocada num pique só) e coloquei uma guitarrinha no estilo Johnny Be Good, no início.
Bom... acho que é isso. Quando não tiver nada pra postar, vamos enchendo lingüiça. Pelo menos, até eu editar um ensaio que gravamos na semana passada e começar a disponibilizar algumas músicas na internet.
Por enquanto, é isso...
Grande abraço!
Renatão, guitarra e voz
3 comentários:
Esse negócio que ele não conseguia cantar 1952 é mentira, não lembro disso. Na verdade, ele reclamava de todas, mas mesmo assim cantava, e bem. FRESCA.
Não me envolva nisso!
eu não tenho nada a ver com isso... não fui eu! não fui eu!
não fui eu!
É tudo culpa do Andye! Tá escondendo o jogo, o malandrão. hehe...
E Gustavo, nem vem que você era bem mais FRESCA que eu. Compunha bem, cantava bem e ficava fazendo cu doce. hehe
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